O Castelo e a Vila Amuralhada de Ansiães: As origens
1. As origens
Com uma implantação geográfica que lhe confere excelentes condições naturais de defesa, o Castelo de Ansiães revela-se com uma história milenar, cujo início se fixa por volta do IIIº milénio A.C.
Desde esse período que as características geomorfógicas do sítio em muito terão contribuído para uma ocupação sucessiva deste morro granítico.
Escavações arqueológicas têm demonstrado que a ocupação do local se iniciou há cerca de 5000 ano atrás, durante a fase pré-histórica denominada de calcolítico.
Desde essa altura que as sucessivas fases ocupacionais são testemunhadas por interessantes vestígios materiais reveladoras de uma longa diacronia que abarca a Idade do Bronze, a Idade do Ferro e toda a fase de romanização do território transmontano.
Ao que tudo indica a área do Castelo de Ansiães foi submetida a um intenso processo de romanização, estendendo-se os vestígios materiais dessa ocupação por uma vasta área que se desenvolve ao longo do sopé norte e nordeste do promontório granítico.
O templo de São João Baptista será implantado numa zona onde perdura um conjunto de estruturas de vincada tipologia romana, sobretudo muretes e interfaces de muretes que na sua quase totalidade foram destruídos pela necessidade de implantação da necrópole exterior situada a norte do templo medieval.
O habitat que habitualmente é designado na bibliografia como povoado romano de Selores, nada mais é do que o prolongamento de um conjunto de vestígios de cronologia romana que se dispersam por um espaço situado entre a igreja de S. João Baptista da Vila Amuralhada de Ansiães e a vertente Norte e Nordeste que constitui o amplo campo abrigado e fértil que se estende próximo da aldeia de Selores.
Os vestígios detectados ao longo desta extensa área dão continuidade a um núcleo inicial que se desenvolve na vinha contígua ao templo de S. João Baptista.
Os indícios materiais filiados num horizonte cronológico concomitante com a fase de romanização deste território, constituem-se aqui por uma grande quantidade de fragmentos de tegula, imbrices, tijolo, terra sigillata hispânica, cerâmica de utilização comum, uma fíbula, pesos de tear e alguma pedra aparelhada. Leite de Vasconcelos refere ainda o aparecimento de uma ara e de um tesouro de denários republicanos e imperiais que surgiram numa "vinha situada ao pé do Castelo dos Mouros, arredores de Celouros".
O povoado romano de Selores constitui o prolongamento do núcleo inicial do assentamento que desde o III milénio A.C se instalou no monte do Castelo de Ansiães, dando-se assim continuidade à longa diacronia da ocupação de todo este espaço, cujo epicentro nunca deixou de ser o morro que mais tarde, durante a Idade Média, veio a dar origem à vila medieval.
Com uma implantação geográfica que lhe confere excelentes condições naturais de defesa, o Castelo de Ansiães revela-se com uma história milenar, cujo início se fixa por volta do IIIº milénio A.C.
Desde esse período que as características geomorfógicas do sítio em muito terão contribuído para uma ocupação sucessiva deste morro granítico.
Escavações arqueológicas têm demonstrado que a ocupação do local se iniciou há cerca de 5000 ano atrás, durante a fase pré-histórica denominada de calcolítico.
Desde essa altura que as sucessivas fases ocupacionais são testemunhadas por interessantes vestígios materiais reveladoras de uma longa diacronia que abarca a Idade do Bronze, a Idade do Ferro e toda a fase de romanização do território transmontano.
Ao que tudo indica a área do Castelo de Ansiães foi submetida a um intenso processo de romanização, estendendo-se os vestígios materiais dessa ocupação por uma vasta área que se desenvolve ao longo do sopé norte e nordeste do promontório granítico.
O templo de São João Baptista será implantado numa zona onde perdura um conjunto de estruturas de vincada tipologia romana, sobretudo muretes e interfaces de muretes que na sua quase totalidade foram destruídos pela necessidade de implantação da necrópole exterior situada a norte do templo medieval.
O habitat que habitualmente é designado na bibliografia como povoado romano de Selores, nada mais é do que o prolongamento de um conjunto de vestígios de cronologia romana que se dispersam por um espaço situado entre a igreja de S. João Baptista da Vila Amuralhada de Ansiães e a vertente Norte e Nordeste que constitui o amplo campo abrigado e fértil que se estende próximo da aldeia de Selores.
Os vestígios detectados ao longo desta extensa área dão continuidade a um núcleo inicial que se desenvolve na vinha contígua ao templo de S. João Baptista.
Os indícios materiais filiados num horizonte cronológico concomitante com a fase de romanização deste território, constituem-se aqui por uma grande quantidade de fragmentos de tegula, imbrices, tijolo, terra sigillata hispânica, cerâmica de utilização comum, uma fíbula, pesos de tear e alguma pedra aparelhada. Leite de Vasconcelos refere ainda o aparecimento de uma ara e de um tesouro de denários republicanos e imperiais que surgiram numa "vinha situada ao pé do Castelo dos Mouros, arredores de Celouros".
O povoado romano de Selores constitui o prolongamento do núcleo inicial do assentamento que desde o III milénio A.C se instalou no monte do Castelo de Ansiães, dando-se assim continuidade à longa diacronia da ocupação de todo este espaço, cujo epicentro nunca deixou de ser o morro que mais tarde, durante a Idade Média, veio a dar origem à vila medieval.
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